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quarta-feira, 14 de julho de 2010

Considerações sobre a marca da besta

Pr. Ricardo Kropf S. Fermam

E faz que a todos, pequenos e grandes, ricos e pobres, livres e servos, lhes seja posto um sinal na sua mão direita, ou nas suas testas, para que ninguém possa comprar ou vender, senão aquele que tiver o sinal, ou o nome da besta, ou o número do seu nome. Aqui há sabedoria. Aquele que tem entendimento, calcule o número da besta; porque é o número de um homem, e o seu número é seiscentos e sessenta e seis. (Apocalipse 13:16-18 )

Talvez não exista um tema mais controvertido no meio evangélico que a marca da besta, tema constante da escatologia bíblica, o sinal distintivo que será aposto na mão direita ou nas testas daqueles que se submeterão ao governo mundial do anticristo. Muitas teorias surgiram propondo explicações sobre o que seria esta marca; a maioria delas considerando os avanços tecnológicos da humanidade: Seria um chip eletrônico implantado sob a pele? Seria um código de barras? Seria o cartão de crédito? O fato é que até o presente não há plena certeza do que venha a ser esta marca. Isso tem gerado muita especulação, teorias conspiratórias e misticismo, especialmente pelas seita e movimentos heréticos.

É preciso considerar, inicialmente, que o Livro de Apocalipse é um livro de revelações. Aqui, como em toda a Palavra de Deus, o Senhor nos comunica os seus eternos desígnios e a verdade que estes envolvem; porém tem foco nos fatos e nos acontecimentos que ocorrerão nos últimos dias, no fim dos tempos. Há, contudo, muitas correntes teológicas sobre o apocalipse, que fogem do escopo desta argumentação; algumas mais coerentes com a Bíblia, outras menos. De forma geral, afirmo que o Livro de Apocalipse, como Escritura Sagrada, é divinamente inspirado, e proveitoso para ensinar, para redargüir, para corrigir, para instruir em justiça (II Tm 3.16). Tampouco é de particular interpretação, porque não foi produzido por vontade de homem algum, mas o homem santo de Deus (João, o apóstolo) escreveu-o inspirado pelo Espírito Santo (II Pe 1.20,21).

Deste modo, há muito ensino útil para a nossa vida e fé que podemos aprender com todo o Livro de Apocalipse. Em especial com o texto de Apocalipse 13:16-18.

Por exemplo, a cobiça desenfreada que os homens atualmente exibem, independentemente de sua classe econômica ou social, os levará a tomar ações que os privarão, definitiva e irremediavelmente, da Salvação em Cristo. Hoje, as ações de "comprar e vender" são mais do que mera atividade comercial; é o consumismo desenfreado. Em épocas de festas, como o Natal, compramos e vendemos qualquer coisa, úteis e inúteis. Coisas que muitas vezes não possuem a menor utilidade prática ou que iremos abandonar após certo tempo. Coisas compradas por puro modismo. Meras bugigangas. Assim, será irresistível para muitas pessoas receberem esta marca, por tudo o que ela representa: poder econômico! Não é à toa que a cada dia são abertas mais e mais Igrejas que pregam o E(u)vangelho da Prosperidade e mais e mais pregadores e mestres se levantam, cada um "vendendo" a "pedra filosofal" capaz de transmutar tudo em ouro!

Assim, em última análise, o que estas "igrejas" e estes "pregadores e mestres" da prosperidade estão fazendo é preparar o caminho do anticristo, como a antítese recíproca de João Batista. Estão exatamente divulgando as "boas novas" do reino das trevas: "consumam, consumam, consumam; a vida é feita do consumo, você existe para consumir, você merece consumir, você pode consumir também. O nosso deus te dará dinheiro para isso. Basta você dar o seu tudo". Hoje, o "tudo" dado é material; naqueles dias, o "tudo" será realmente TUDO - a vida eterna! Observe que a pregação da prosperidade, a exemplo da oferta da marca, abrange qualquer pessoa: pobre, rico, patrão, empregado, profissional liberal, empregado da indústria... é para todos.

Afinal de contas, o anticristo terá um "braço" religioso - o falso profeta, que fará "milagres extraordinários", de forma que as pessoas se maravilharão e darão crédito ao anticristo. Fico pensando sobre a real procedência dos "milagres" divulgados pelos ministérios e Igrejas da prosperidade modernas... Aqui, vale uma exortação: PERFORMANCE NÃO SIGNIFICA ESSÊNCIA. Quem se baseia em performance para qualificar a essência está correndo um sério risco de apostatar da fé, dando ouvidos a espíritos enganadores e a doutrina de demônios (I Tm 4.1), isto é se já não apostatou há muito tempo.

Por outro lado, se as pessoas só poderão comprar e vender se ostentarem a marca da besta e considerando que o anticristo terá controle mundial, então a conclusão óbvia é que a marca terá aceitação mundial. Não haverá necessidade de câmbio ou de "traveler´s checks", basta exibir a marca e a transação será prontamente concluída. Funcionará esta marca como o dinheiro - algo dado em troca de um produto ou serviço? Seria uma espécie de "cartão de débito" mundial? Pouco se pode concluir a este respeito.

Naqueles dias, a sociedade estará dividida entre aqueles que seguirão o anticristo e, deste modo, receberão a sua marca e aqueles que não aceitarão a autoridade e governo deste líder satânico mundial e que só pela sua existência se constituirão em oposição à ele. Obviamente, isso gerará perseguição pelo governo aos "rebeldes"; essa perseguição dar-se-á em todas as esferas: sociais, políticas, religiosas e econômicas. Nós já vimos a introdução dessa história, mais modernamente com o governo Hitler na Alemanha.

Se esta suposição for verdadeira, então é possível concluir que a marca da besta é uma marca de identificação, ou seja, na marca haverá todos os dados que o governo considere importantes para caracterizar aquele cidadão. Novamente, já vimos a introdução dessa história: durante a Alemanha nazista, os judeus que estavam aprisionados em campos de concentração possuíam a "estrela dos judeus" costurada em sua camisa. Dentro da estrela de Davi, ficava escrita a palavra "Jude", que em alemão significa "Judeu". O símbolo era usado para facilitar a identificação dos Judeus.

A questão, então, passa a ser: que dados pessoais terão importância estratégica para o governo do anticristo? Constarão estes dados na marca, ou a marca possuirá algum sistema de codificação alfanumérica onde os dados estarão armazenados previamente numa central do governo? De um jeito ou de outro, é possível especular alguns dados importantes: nome, idade, endereço completo, formação, profissão e endereço profissional, dentre outros.

Outra pergunta que surge: como esta marca será posta no homem? Será feita alguma avaliação prévia para determinar as características de cada uma das pessoas como pré-requisito para a marcação? Aqui, introduzo um conceito que julgo oportuno: o conceito de avaliação da conformidade. Segundo a norma técnica ABNT NBR ISO/IEC 17000 "Avaliação da Conformidade - Vocabulário e princípios gerais", esta expressão é definida como sendo "a demonstração de que os requisitos especificados relativos a um produto, processo, sistema, pessoa ou organismo são atendidos". O domínio da avaliação da conformidade inclui as atividades de ensaio, inspeção, certificação e acreditação de organismos de avaliação da conformidade.

De acordo com o website do
Inmetro , a certificação de pessoas avalia as habilidades e os conhecimentos de algumas ocupações profissionais, e pode incluir, entre outras, as seguintes exigências:
Formação – a exigência de certo nível de escolaridade visa assegurar nível de capacitação;
Experiência Profissional – a experiência prática em setor específico permite maior compreensão dos processos envolvidos e identificação rápida das oportunidades de melhorias;
Habilidades e conhecimentos teóricos e práticos - a capacidade de execução é essencial para atuar e desenvolver-se na atividade.
Teoricamente falando, os critérios de certificação de pessoas, elaborados no governo do anticristo, poderiam incluir outros requisitos, além dos relativos às questões profissionais, de forma que o produto final da análise seria uma marca afixada na pessoa pelo agente de governo. Mas isto é apenas uma hipótese.

Finalmente, fica uma importante lição: o número do nome do anticristo (alternativa à marca) é número de um homem. A expressão "um homem" qualifica o "número"; assim, não é "número do homem", de forma geral, mas "número de um homem", de forma específica. Que este homem é o anticristo é óbvio. Assim, o propósito da revelação do número do anticristo parece apontar para um critério de verificação, ou seja, naqueles dias os crentes poderão identificar o anticristo pelo número do seu nome, 666. Sem dúvida, trata-se de um critério muito útil, tendo em vista que o poder infernal na vida anticristo será tal que ele enganará a muitos por 3 anos e meio.

Deste modo, é provável que a correta compreensão sobre este número venha ainda a ser revelada pelo Espírito Santo quando for oportuno. A enormidade de teorias sobre o mesmo indica que ainda não dispomos desta revelação. Portanto, devemos descansar em Deus; sabendo que Nosso Senhor não permitirá que sejamos iludidos de forma alguma, não permitindo que o nosso coração seja turbado por qualquer coisa que não possua embasamento na Palavra de Deus.

Pense nisso. Deus está te dando visão de águia!

Fonte Apenas para argumentar

Via Vigiai









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